Estava aqui eu pensando um pouco sobre o xadrez… sobre como se representaram as peças e os seus movimentos… Que elas são baseadas em batalhas entre dois Reinos, ou entre dois Senhores Feudais da Idade Média, isso é óbvio. Mas quero deixar as minhas considerações, depois de se pensar um pouco, até que não é difícil de entender.
Primeiro vamos ver o que a Santa Wikipédia fala sobre o Xadrez [com algumas notas]:
“A forma atual do jogo surgiu no Sudoeste da Europa na segunda metade do Século XV, durante o Renascimento, depois de ter evoluído de suas antigas origens persas e indianas. O Xadrez pertence à mesma família do Xiangqi e do Shogi [Nota: Sim, o jogo Japonês] e, segundo os historiadores do enxadrismo [Nota 2: Pois é, existe uma especialização em história do xadrez, estou tão impressionado quanto você], todos eles se originaram do Chaturanga, que se praticava na Índia no Século VI d.C.”
Mas enfim, agora vou dar-lhes minha idéia de cada peça e seus movimentos:
Vamos levar como exemplo que a partida de xadrez seja uma batalha entre Senhores Feudais, por um ter roubado o queijo do outro, ou coisa assim.
Peão: Essa é fácil. Em uma batalha entre Senhores Feudais, quem seria burro o suficiente para mandar seus melhores soldados logo de cara? Primeiramente eles mandariam os peões. a bucha-de-canhão, prometendo algum punhadinho de terra a mais para os que sobrevivessem. Mover se de uma em uma casa é um movimento bem aceitável para pessoas sem preparo nenhum em combate. O ataque em diagonal, seria algum equivalente a pegar o cara desprevenido, por trás, o que seria o jeito mais fácil de um peão sem preparo matar alguém.
Então, porque quando o peão chega até o outro lado do campo ele pode se transformar em qualquer uma das outras classes (Cavalo, Bispo, Torre, Rainha)? Simples, pra um peão conseguir passar esse caminho todo sem morrer ele provavelmente adquiriu experiência suficiente para trocar de classe, e convenhamos, ele merece.
Mas isso me faz pensar uma coisa, e vou deixar essa pergunta no ar: Um Peão que chega até o outro lado do campo e vira Rainha seria um travesti?
Torre: Bom, as torres de um castelo tecnicamente não se mexiam, então o movimento em linha reta serviria para representar algum soldado lá em cima atirando com uma balista ou canhão. Nenhum drama maior com a Torre.
Bispo: Representa o Clero da Idade Média, isso é óbvio. Mas por que o movimento em diagonal? Como eu falei antes, o movimento em diagonal seria o equivalente à um ataque surpresa, pego por trás, nada mais justo para o Bispo, já que a Igreja faz tudo na surdina, mata o cara, esconde o corpo e se finge de santo, para pegar o próximo desprevenido também.
Cavalo: Pois é, Cavalo… No original em inglês seria Knight, ou seja Cavaleiro, o que faz muito mais sentido, já que não teria motivo para se ter um cavalo solto no meio do campo de batalha.
O Cavaleiro (ou Cavalo) sim seriam os verdadeiros guerreiros do Rei, em quantidade muito menor que os Peões (que se pensassem, poderiam dar um golpe de estado fácil, mas Peão não pensa, é assim até hoje…). Os movimentos em L provavelmente representariam a agilidade do cavalo (não do Cavalo), e ao mesmo tempo representar o fato de ele não ser tão fácil de se controlar. E por ele estar em um cavalo, também tem o fato de que ele pode pular por cima dos outros.
Rainha: Com a liberdade (ou seria libertinagem) toda que ela tem, ela sai correndo pelo campo todo, dando pra qualquer um, e depois no momento de descuido, ela mata ele, simples assim. Agora, se for um Rainha contra Rainha, aí já é uma batalha de arranhões e puxada de cabelo básica.
Rei: O mais fácil de se representar. O Senhor Feudal, que enquanto está ganhando fica lá parado sem fazer nada, dando risada, e quando está em perigo, com os inimigos dentro do castelo, ele se borra todo e fica correndo de um lado para o outro com aquela agilidade de Peão.
E a técnica de trocar de lugar com a Torre, ou Roque (não confundir com aquele do Silvio Santos) é o famoso correr pro quarto e ficar chorando que nem uma mocinha.